filha jogada na sarjeta
- coletivobeijo
- 11 de jul. de 2019
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Testemunhas garantem o que viram: os livros da Biblioteca Antonio Racine eram jogados dentro do caminhão, tal qual, para serem levados da Secretaria da Cultura para a Casa da Cultura.
Lá chegando, foram arremessados do caminhão para a calçada. Tal qual. Eles lá ficaram à espera que alguém fizesse a caridade de recolhê-los da sarjeta, pois a Prefeitura não tinha designado ninguém para fazê-lo.
Sempre dizemos que Bob Maravilha e a cultura não se confundem, não dialogam e são duas paralelas que não se encontram nem no infinito.
Aparentemente, o acervo encontra-se depositado no porão da Casa da Cultura.Não tem um funcionário da Prefeitura para se ocupar. Estão como, em que estado? Quantos sobreviveram a essa temporada na sarjeta?
Estão classificados, expostos em ordem de gênero, autor, línguas? Estão empilhados? Onde? No chão? Em mesas? Responsável pela biblioteca municipal era a Secretaria da Cultura.
Ora, Bob hoje jura que essa secretaria foi extinta, por medida de economia. No entanto, no Portal da Transparência, ali aparecem o aluguel de um imóvel, salários de funcionários, material de escritório e de limpeza de uma entidade denominada Secretaria da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer. E consta a existência de um Secretário da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer.

Bob Maravilha e a cultura não se confundem, não dialogam e são duas paralelas que não se encontram nem no infinito.
Nesse sistema próprio à Krantkolândia, as relações do Poder com a Cultura aparecem como torvas e incestuosas, e os seus frutos não desejados são jogados à sarjeta.