Guerra da Água e da Seca (IV)
- pesquisa beijo
- 9 de nov. de 2018
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Um avatar de George Soros ronda Jequitinhonha, como o original ronda a Hungria. O Soros tupiniquim, ou talvez, melhor dizendo, botocudo, dizem, vem da nobre estirpe dos Calangos e fez fortuna na Capital. Preocupado com sua terra de origem, ele patrocina projetos sociais aqui em Jeki.
É o que relata a diretoria do assentamento, para explicar o fato de que o projeto de abastecimento de água ali esteja praticamente, faltando só os 2,5 km de canos, conforme já citamos no corpo da reportagem.
Mangueiras, cimentos, ferragens, engenheiros de três especializações (agrônomo, elétrico, de obras), e tudo o mais a que uma tal obra teria direito, doado por esse benfeitor, Welton Mello. Os canos foram fornecidos pelo IDENE.
Essa participação do Sr. Welton Mello teria sido intermediada por um movimento social Meninos do Bem, que, diga-se de passagem, não tem existência jurídica.
Um projeto foi preparado pela diretoria, intermediado por esse movimento, aprovado na alta esfera e as compras de material são diretamente feitas no fornecedor e pagas por um parente do benfeitor aqui na cidade.
Somente que a representação do MST não está de acordo. Para o representação do MST no assentamento, Senhor Ariovaldo, tudo isso são lorotas, e quer saber que dinheiro entrou, uma prestação de contas tintim-por-tintim.
Alega que a reeleição da atual diretoria do assentamento no ano passado foi ilegal, que muitos foram impedidos de votar e que em suspeita de desvio de dinheiro, pois nenhuma prestação de contas foi feita até agora.
Audiência foi marcada com o Promotor para apresentar essas denúncias, na tarde de ontem.
A secretária da associação assegura que prestação de contas será feita ao final dos trabalhos, que não houve sequer trânsito de dinheiro pela associação, o material sendo comprado diretamente pelo primo do benfeitor,e que as pessoas que não puderam votar não estavam em dia com suas obrigações de associados.
No mais, para todas as organizações que se manifestam contra, ela diz que ”não estão interessadas em que um assentamento progrida, se torne autosuficiente e independente de cestas básicas.”