...do Lixo, eu me lixo...
- coletivobeijo
- 4 de jan. de 2018
- 2 min de leitura
Demonstra Bob Maravilha, hoje em dia. Lixão, chorume, carcaças do matadouro, fedentina, doenças: o belo discurso de Bob Maravilha sobre como vencer o lixo e ainda ganhar dinheiro com isso, deu no que deu: começou a cheirar mal.
A situação do lixão sanitário em Jequitinhonha não avançou. Faz-se a triagem do lixo seco, o resto é despejado na natureza.
Bob conta e enrola, os moradores da vizinha Transilvânia é que tem de se desenrolar. No acordo feito com a Prefeitura, cedendo terreno para a construção da usina de triagem do lixo, tudo seria muito limpo e clean: pois veio um lixão. E toma.

A comida de ontem ruminada pelo gado vira a fresquinha de amanhã
Tão desleixado que está servindo até como terreno de despejo para o matadouro municipal. As carcaças trazem na testa a marca de sua morte: o beijo do chicote elétrico que as matou. Gado vivo pasta por ali, roendo as caveiras, em busca de cálcio.
E mais, tem mais: o lixo do Hospital São Miguel está sendo despejado lá. Não é preciso acrescentar mais nada. Quem sabe por descuido vem um ossinho de braço, um fêmurzinho macio, um craniozinho crocante?
Preparem o penico, antes de olhar as fotos. Reflitam que as caveiras que você está vendo, foram a carne que você comeu ontem, hoje roídas pelas vacas que você vai comer amanhã. Bob faz segundo o princípio: "na natureza nada se perde, tudo se transforma".

Os restos do matadouro competem com o lixo do hospital: que osso é de quem?
A TV Minas apresentou um vídeo, feito pelos Meninos do Bem, e comunicou-se com a Prefeitura, pedindo explicações Resposta de Bob Maravilha: "Ah, tem chorume? Ah, tem carcaças? Nunca ouvimos falar nisso."
Oh, Bob, quantas promessas você nos fêz ! Como diria Churchill, nunca tão poucos enganaram tanto a tantos por tanto tempo.