Ai, minha Câmara!
- (coletivobeijo)
- 28 de nov. de 2017
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São 18 h alguma coisa caminhando para 18h20min, no plenário da Câmara, os vereadores estão dispersos, um deles sentado à mesa canta-cantarola, outro sentado junto ao público consulta seu celular, talvez para ficar longe do barulho dos colegas, um outro recostado na mesa bate papo parecendo esperar a dose de não-sei-o-que que encomendou, mais um outro boceja- Uaah - alto.
Ai, que canseira, pobres moços, vir aqui duas vezes por mês, ficar um tempo loongo aparentando um ar inteligente e tentando escapar da atenção do público.
Começada a sessão às 06h20min h, alguns hesitam a tomar seus lugares, leitura da ata, os trêfegos da escolinha risonha e franca continuam inquietos: trocam de lugar, batem papo, trocam idéias (que bom, reencontrar vez por outra os amiguinhos), trocam de lugar, trocam figurinhas, mostram uns aos outros a telinha dos respectivos celulares, atropelam o Presidente no microfone, opa, 18h40min, fiiim da seeessão, ou será ceção, caros vereadores.
Envergonhado pelo pouco empenho dos colegas, e o fim prematuro da sessão, o presidente da Casa lembra, talvez em direção ao povo, que final de ano é assim mesmo, calminho, calminho, rs, rs, rs.
E, puxando assunto, aí lembra aos valentes operários do serviço público que provavelmente na quinta haverá reunião com o Prefeito, que prestará esclarecimento sobre os rumores de extinção do qüinqüênio. Na sexta, sessão extraordinária para exame dos “resquícios” – o que quer que isso seja - do governo Dias da Silva.
E tudo isso nos custa por volta de um milhão por ano. Fora a construção de anexos, para conter o número em excesso de vereadores.