SE O MUNDO SESSE...
- Solange Pereira*
- 11 de ago. de 2017
- 2 min de leitura
Se o mundo sesse... essa brincadeirinha, quem é mais velha(o), do tempo em que se aprendia na escola, se lembra, era uma pequena, pueril e inofensiva revolta: o primeiro contato com o mundo estranho e racional das regras, contra o que se insurgia a mente infantil.
Hoje, no Brasil, regras de vida, morais, leis, não valem nada, quem dirá regras gramaticais.

Canavial onde há 8 meses havia mata - Fazenda Nova Suissa II
Aí chegamos ao assunto, a que desejo que os colegas produtores rurais façam atenção. E principalmente aqueles cujas propriedades se encontram dentro e no entorno da Rebio Mata Escura. E, em especial, aqueles que, dentro da Mata Escura, serão território quilombola.
Vamos colocar agora o problema: no caso da fazenda Nova Suissa II, porque nada foi feito? E as regras desobedecidas pelo escritório local do ICMBio para autuação das infrações que deveria constatar (no mínimo, doze).
Não devemos privatizar problemas que são sociais. Todos nós, proprietários nessa área, sob administração federal, vemo-nos cada vez mais submetidos a multas e sanções arbitrárias.
Trata-se ademais de área destinada ao território do quilombo, onde deverão habitar quilombolas. A Associação Quilombola mostra-se preocupada com esse comportamento do escritório da Rebio Mata Escura.
Para ela, isso na prática equivale a promover na área o assentamento de elemento estranho ao povo quilombola, além do desequilíbrio ambiental.
Sugerimos uma audiência pública, sob o patrocínio do nosso eficientíssimo Sindicato dos Produtores e da Associação Quilombola, onde a Chefe da Rebio Mata Escura possa se explicar: sua metodologia de aplicação de multas, seu sistema de dois pesos e duas medidas, as atuais transações com o INCRA/ICMBio sobre delimitação do território quilombola.
Queremos sursis, moratória, suspensão, ou revogação das multas, até que nos expliquem, aos multados, porque devemos pagar e outros não. Os quilombolas querem saber o que e em que estado vão receber o prometido. ( *Produtora rural, sem terra). O Produtor Rural face ao ICMBio: eu i ocmbio