Invasão de terras

Atenção, colegas com terras na área da Rebio Mata Escura. Esse relato interessa a todos.

Passou-se enfim, neste dia 13 a audiência no Fórum sobre o caso de invasão das terras da Nova Suissa II, após cinco anos da ocorrência da invasão.

Cinco anos de infinita espera, em que os proprietários tiveram de assistir a esculhambação feita na área pelos invasores, sob os olhos suspeitosamente complacentes do ICMBio.

Cinco anos de infinita espera, em que os proprietários tiveram de assistir a esculhambação feita na área pelos invasores, sob os olhos suspeitosamente complacentes do ICMBio. Na foto, a mata foi derrubada, para plantação de capineira, em área de reserva permanente e micro bacia hidrográfica

Resumo do drama: um parente do posseiro, que ocupava uma residência no local, arrogou-se a propriedade de 60 há da fazenda. Segundo ele, o tio teria há muitos anos recebido a doação dessa gleba das mãos do seu irmão, antigo proprietário. Além do mais, o antigo posseiro seria quilombola, o que lhe daria direito à área!

Os proprietários da Fazenda Nova Suissa II nunca tiveram relação de compra e venda com esse senhor antigo proprietário na região, e puderam apresentar toda a documentação legal, testemunho dos confrontantes e impostos pagos.

A defesa dos invasores mudou então de tática: através das testemunhas, tentou-se provar que o invasor ”administrava” a gleba do antigo posseiro.

Em vão: embora relatando conhecer o posseiro há décadas, alegaram não saber a extensão dessa posse, mas somente que ele residiam no local. O invasor, do seu lado, mora no bairro do Lajedo, em zona urbana.

É impressionante como essa invencionice e sem-vergonhice contra a moralidade tenha podido progredir, atravessando os trâmites legais, com apoio de patrono, com a complacência do ICMBio permitindo danos ambientais, e com a cara mais limpa. Triste país!

Colegas produtor(a)es e proprietári(a)os rurais: a invasão é uma porta aberta pela situação de impasse e restrições na exploração das fazendas a que nos obriga o ICMBio. Isso força nosso afastamento das nossas terras, deixando-as vulneráveis a invasões. Foi o que aconteceu nas Fazendas Nova Suissa I e II.