

davi observatório não-oficial do sindicato dos produtores rurais de jequitinhonha
MEU SINDICATO MORRE
Em nada, e para nada, em Jequitinhonha, existe Oposição. É o medo atávico da população que sempre viveu sobre o tacão das oligarquias. Sempre dependente de favores dos mais fortes, que deviam ser servidos com salamaleques e ver se sobrava uma boquinha..
Pertencer a um grupo, a um clan, era importante para a sobrevivência. Subserviência, e não questionamento, era necessário. Discussões e decisões democráticas nunca pertenceram à prática política da sociedade local.
“audácia” é movimento de Oposição nesta terra de costumes feudais. Oposicão tem sempre um programa que considera melhor, objetivo da Oposição é a tomada do poder, inclusive explorando os pontos fracos da Situação, para execução desse programa para o bem da coletividade. Na noite da posse da ”nova”diretoria (na realidade,os mesmos membros, que trocaram de lugar), prometi que acompanharíamos o desenrolar da gestão com a nossa crítica. Aqui está, para marcar o final do ano e evidenciar a necessidade de mudanças importantes para o futuro.
O chão se levanta e descasca
À sombra das latrinas, festins e seus restos
Sem respeito para com os Estatutos, e isso já vem de pelo menos 10 anos atrás, começando com o Presidente Sr. José Ildênio, não ocorrem prestações de contas dignas desse nome.Também não ocorrem as Assembléias Gerais, onde essas prestações de contas deveriam ser apresentadas e os orçamentos discutidos. E olhe que seriam somente duas por ano, em maio e novembro.
Desprezo pela manutenção não poupa o patrimônio... ...nem ajuda a higiene e sacrifica funcionários
A desmobilização dos associados é coisa querida e cultivada. Não existe um sistema de comunicação que incentive o associativismo, no grupo do Whatsapp perguntas sobre a vida sindical são desestimuladas. O associado é recomendado se dirigir à sede do sindicato, onde, das 8 h às 17 h, uma funcionária faz-tudo dará todas as respostas sobre todo os assuntos sindicais possíveis. Liderança sindical? Cumé?
Precisamos de funcionários preparados. Muitos, vários funcionários. Uma variada oferta de serviços. A CNA tem um programa que mostra aos sindicatos como melhor funcionar para se tornar auto-suficiente e melhor atender os associados. Mas um plano de saúde, sugerido pela CNA, conta um membro da Diretoria, indignado, foi jogado no lixo, para “não dar trabalho”. Nosso Sindicato tem de funcionar como força econômica, trazer progresso e não se limitar a aplicar práticas de quitandeiro, tipo serviços precários com remuneração insuficiente.
Igualmente o EMAPEJE precisa de outra dinâmica que não a de administrar salãozinho de festas.Tornar-se também um fornecedor de empregos. Nossa festa, a Cavalgada de S. Miguel, precisa se tornar uma festa para os associados, para a família e para a região, e não ser entregues em mão de medíocres que, sistematicamente, fabricam prejuízos, mas suspeitosamente estão sempre dispostos a voltar no ano seguinte. Uma outra diretoria poderia se ocupar do parque de exposições, se a diretoria do sindicato acha que o trabalho é demais. Não dá é para asfixiar o sindicato, sob o pretexto deque o EMAPEJE faz viver o Sindicato.Ainda mais que o contrário é que é verdade.
I
o chão parece estar colado somente pela sujeira... ...como o chorume que vem do lixo e das latrinas
(no primeiro plano, cocô)
Aliás, qual a relação entre SPR e EMAPEJE? O EMAPEJE funciona sob o manto da lei sindical: não paga impostos. Mas nada do que produz é direcionado ao Sindicato. Nem mesmo o quevem para o Sindicato é aplicado ali. Na última prestação de contas, ainda feita pelo Presidente Santos Tinum, muitos anos atrás, a CNA teria pago 32 mil reais ao Sindicato pelo ano. É essa a contribuição anual da CNA? Para onde é dirigida essa contribuição? Fora um tratamento cosmético na sede, nenhuma reforma foi feita ali há séculos. Muito menos a renda do EMAPEJE é utilizada no Sindicato nem existe orçamento votado que determine para onde deve ir esse dinheiro.
Banheiros ficam distantes.Prefeitura não cumpriu acordo
de construir mais modernos em cima.Ninguém cobra.
Teto furado, janelas mal-fechadas, paredes com rachaduras. Vai cair!
Segundo a lei sindical, o lucro não é proibido, mas deve ser utilizado para as atividades-fins. Vemos um sindicato agonizante, debilitado, e diz-se que o dinheirinho está no banco. É inconcebível que uma "nova" diretoria tenha assumido, sem ter exigido uma auditoria externa das gestões anteriores, com prestação de contas falhas ou inexistentes. Mas não existe nova diretoria, mudaram as cadeiras,a meia-dúziadecinco continua privatizando o sindicato para si. Se alguém gritar - e isso se faz cada vez mais necessário – “Pega, Receita”, não sobra um.







